Albari Rosa/ Agência de Notícias Gazeta do Povo
Grupo protesta nesta sexta-feira (19) em frente a sede da MRV em Curitiba contra atraso na entrega de imóveisProprietários protestam contra atraso na entrega de imóveis da MRV
O Procon registrou 104 reclamações contra a MRV em Curitiba este ano. Atraso seria de mais de um ano, segundo manifestantes
Cerca de 30 pessoas se reuniram em frente à sede da construtora MRV, em Curitiba, para protestar contra o atraso na entrega de imóveis pela empresa. Com um carro de som, os manifestantes pediram Justiça e afirmaram que a entrega de algumas unidades está atrasada há mais de um ano. Os funcionários da empresa teriam sido liberados mais cedo e o local foi fechado antes da chegada dos manifestantes, por volta das 15 horas. A informação, repassada por quem esteve no local, não foi confirmada pela MRV nesta sexta-feira (19).
Seis abaixo-assinados, organizados pelo grupo que protestou, devem ser entregues nos próximos dias pelo grupo na Câmara Municipal, na Assembleia Legislativa, na Procuradoria geral da República, no Procon, no Ministério Público e na Caixa Econômica Federal. A intenção é recolher pelo menos 280 assinaturas de famílias prejudicadas pelo atraso, segundo Ademir Pincheski, um dos proprietários que aguarda a liberação dos apartamentos do empreendimento Spazio Catena, no Pinheirinho.
No total, 104 atendimentos individuais sobre a MRV foram protocolados no Procon somente este ano. Entre as principais reclamações estão: não cumprimento de contrato ou proposta (41 reclamações); dúvidas sobre cobranças ou taxas (20) e cobrança de taxa indevida (11).
Dois grupos na rede social Facebook reúnem usuários que foram atingidos pelos atrasos na entrega dos empreendimentos imobiliários. Mais de 100 pessoas fazem parte das duas páginas.
“O problema é que não temos nenhum tipo de satisfação da empresa. A entrega do apartamento era pra ser em junho do ano passado, depois de uma reportagem na tevê nos disseram que seria em 15 de junho desse ano, mas até agora nada”, reclama Carolina Santos, agente de viagens, que participou do protesto. A mãe de Carolina comprou um apartamento do bloco 1 do Spazio Catena. "Queremos que no mínimo eles parem de vender antes de entregar o que tá aprovado", completa Carolina.
O protesto teve início às 15 horas e terminou por volta das 17 horas. Eram previstos 300 participantes, mas a chuva e frio desta sexta-feira pode ter contribuído para o baixo número de adesões. A intenção dos manifestantes é fazer novos atos na próxima semana.
O outro lado
A MRV admitiu atraso nos empreendimentos Spazio Chardonnay, Spazio Catena e Spazio Carmenere, em Curitiba, mas afirma já ter iniciado a entrega das chaves. O motivo para a demora, porém, não foi explicado.
Sobre o residencial Catena, a MRV informou, em nota, que já iniciou as entregas do bloco 1 do empreendimento e que os proprietários que não possuem pendências contratuais ou financeiras já foram convocados para receber os imóveis. A empresa diz ainda aqueles com algum tipo de pendência foram contatados para regularizar a situação. Ainda de acordo com a nota da MRV, o bloco 4 também foi liberado e os proprietários estão realizando vistorias. As entregas devem ocorrer na próxima semana. A empresa informa que os demais blocos estão na etapa final de obra e vistoria de qualidade.
MRV
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Esta semana, a construtora e incorporadora MRV informou que vendeu 47% mais no segundo trimestre de 2013 que no mesmo período do ano passado. No total, foram R$ 1,381 bilhão contratados, sobretudo com uma gestão focada nos estoques que a companhia tem à mão. Com isso, a MRV espera que o ritmo de vendas de seus empreendimentos caia de 15 meses, registrados em meados do ano passado, para três ou quatro.
Ao mesmo tempo, a companhia apostou menos em lançamentos no segundo trimestre que no primeiro, com um recuo de 41%, de R$ 1,388 bilhão para R$ 634 milhões. No quarto trimestre, porém, o plano é voltar a lançar. A empresa diz ter cerca de R$ 1,2 bilhão em projetos prontos e aprovados. Assim como outras empresas do setor, a MRV prefere não detalhar mais previsões para 2013.
FONTE: Gazeta do Povo
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